Melissa Back

Tenho muito a dizer sobre esse dia 30/07/2015, vou tentar resumir e, se você quer saber um pouquinho do meu começo na fotografia, fica comigo nessas próximas linhas, não vai demorar muito.

Foi nesse dia que tive contato pela primeira vez com uma câmera profissional, já bastante usada, uma Nikon D80 com lente do kit (aquela bem simples), eu mal sabia quais botões apertar, mas forcei fotografar em modo manual (eu já conhecia os princípios básicos da fotografia, como hobby), fotografei em JPEG, com balanço de branco desajustado, com várias dúvidas mas uma certeza: eu estava amando fazer aquilo.

Sob o olhar da minha namorada que me observava de longe, sua tia (uma fotógrafa tradicional da cidade) que me deu algumas instruções no início do ensaio (e que acabei teimando e não seguindo muito) e mais duas primas, ali estava eu, fotografando a Mel, uma menina de 12 anos que nunca havia sido fotografada.

O lugar era lindo, o sol vinha caindo, a luz estava cada segundo mais fantástica e eu estava tentando aproveitar aquele momento da melhor forma possível. Lembro como se fosse hoje, eu estava emocional, maravilhado e vivendo intensamente a cada click da câmera, foi ali que eu soube que a fotografia passaria a fazer parte da minha vida de forma mais intensa.

A Mel se tornou praticamente uma afilhada, fiz outras fotos dela depois desse dia, nos tornamos próximos e eu amo essa menina como se ela fosse minha filha, a câmera já não é a mesma, nem a lente, nem meu conhecimento, estou ha quase 2 anos vivendo de fotografia (comecei profissionalmente em maio/2016) e a minha vida nunca foi tão boa. Estudo fotografia todas as semanas (sem exagero), procuro evoluir a cada job e sei que ainda estou muito longe do nível que quero chegar, mas a maior certeza que tenho é me manter focado nos meus objetivos  acima de qualquer coisa fazer parte, estar próximo às pessoas e registrar suas emoções, seus momentos únicos, fazer livros fotográficos que sejam vistos por várias gerações da família, proporcionar a lembrança dos melhores momentos.

Eu amo essas fotos, amo esse dia, o dia em que o Geison Erdmann fotógrafo nasceu. Agradeço por tudo desde lá e digo: ainda estamos no começo.